Justiça manda prender ex-comandante da PM por desvio de combustível e orgias sexuais

O juiz da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, Moacir Rogério Tortato, determinou a prisão do tenente-coronel da Polícia Militar da reserva, Ardonil Manoel Gonzales Junior, condenado a 8 anos e 1 mês de reclusão pelos crimes de peculato e corrupção passiva. A decisão foi assinada na última quarta-feira (5), com cumprimento imediato da pena em regime fechado.

Entre 2006 e 2008, enquanto comandava a PM em Pontes e Lacerda (443 km de Cuiabá), Ardonil foi acusado de desviar combustíveis, usar viaturas para escoltas particulares de funcionários e malotes bancários, além de utilizar recursos públicos para promover festas privadas e orgias sexuais dentro da 16ª Companhia da Polícia Militar.

O magistrado também determinou a expedição da guia de sentença do também tenente-coronel Fernando Schulz Galvão, condenado a 3 anos e 7 meses de prisão, em regime aberto, por utilizar armas de fogo da corporação de forma irregular durante eventos particulares, incluindo churrascos.

Mesmo com o histórico de irregularidades, Ardonil foi homenageado em 2016 pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) com o título de “Cidadão Mato-Grossense”, a partir de uma proposta do então deputado estadual Baiano Filho, que exaltou a “contribuição” do militar como esposo, pai, advogado e professor universitário.

Na corporação, o oficial da reserva também recebeu diversas honrarias, como as medalhas “Honra ao Mérito”, por comportamento excepcional, “Ramos de Queiros Prata”, por dedicação intelectual, e “Homens do Mato”, pelo destaque no serviço policial.

Agora, com o mandado de prisão expedido, a Polícia Militar e a Polinter foram acionadas para efetivar a captura do ex-comandante e dar início ao cumprimento da pena.