O governador Mauro Mendes (União) demonstrou descontentamento com o Governo Lula (PT) devido à falta de avanços em projetos prioritários de infraestrutura, especialmente quanto a Ferrogrão.
Durante entrevista ao podcast da Aprosoja, Mendes afirmou estar “P da vida” com a situação e cobrou providências diretas do presidente da República.
“Ultimamente ando com pavio curto, estou com pouca paciência para ficar falando o que é politicamente correto. Nessa história da Ferrogrão, eu estou meio ‘P da vida’”, disse Mendes.
É que em agosto de 2023, Lula solicitou aos governadores a apresentação de até quatro projetos de seus estados que fossem prioritários para serem incluídos no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Mendes afirmou que, consultar entidades do agronegócio e lideranças políticas, levou quatro propostas: a Ferrogrão, a ampliação da BR-158, da BR-080 e da BR-242. Entretanto, segundo o governador, os avanços foram mínimos.
“Dessas, sabe o que andou até agora? Quatro quilômetros da BR-158 que foi asfaltada. Pelo amor de Deus”, reclamou Mendes.
Na época, segundo Mendes, o Governo Federal tentou dissuadi-lo a retirar o projeto do PAC, no entanto, em uma conversa o ministro da Casa Civil, Rui Costa, Mendes o convenceu a deixa-lo.
“Deixou, mas quase nada andou. Cara, tem que colocar. É importante. A produção do agro de Mato Grosso continuará crescendo. Vai crescer em área, em produtividade.. Nós vamos estar produzindo, daqui a algum tempo, 150 milhões de toneladas [de grãos]”, disse o governador indignado.
“Não vai sair tudo isso por Santos, pela rota sul. Precisamos fortalecer a rota norte, porque ela cria uma perspectiva de logística melhor”, completou.
A Ferrogrão vai ligar o município de Sinop até o porto de Miritituba, no Pará, e será um dos principais pontos de escoamento da produção de Mato Grosso.
Reunião com Lula
O projeto tem sido questionado, no STF (Supremo tribunal Federal), por conta das alterações dos limites do Parque Nacional do Jamanxim, feito em 2016, ainda no Governo Dilma Rousseff, para permitir a construção da ferrovia em área de conservação.
O governador apontou que o Ministério do Meio Ambiente, citando diretamente a ministra Marina Silva, se mostra opositora do projeto. “A área ambiental do Governo [Federal], vamos dar nome aos bois: a ministra Marina Silva, é contra”, disse.
Mendes classificou as justificativas ambientais como “pseudoambientalismo” e argumentou que a ferrovia reduziria significativamente a emissão de CO₂ ao substituir caminhões movidos a diesel.
Por isso, Mendes afirmou ter solicitado uma audiência com Lula há dois meses, mas sem resposta.
“Falar com a Marina não adianta, falar com o Ibama não adianta, falar com ministro não adianta… Mas eu pedi uma audiência com o presidente Lula a respeito disso. Ou diga: ‘Não vou fazer, não quero fazer’. Assume logo, que pelo menos a gente não perde tempo”, disse.
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