Dezesseis servidores públicos ligados à Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat) foram alvos de uma megaoperação nesta quinta-feira (8), que investiga fraudes em obras de perfuração de poços artesianos no estado.
Além deles, seis empresas, ex-servidores e oito empresários também estão sendo investigados por envolvimento no esquema.
As investigações apontaram que o grupo fraudava contratos para perfuração de poços em comunidades rurais de diversos municípios. A polícia estima um prejuízo R$ 22 milhões aos cofres públicos.
De acordo com a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), estão sendo cumpridas 226 ordens judiciais, e os alvos são suspeitos de autorizar ou executar obras em desacordo com os contratos e com o objetivo social dos projetos.
Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra, sendo 30 de busca e apreensão, além do sequestro de 49 imóveis e 79 bens móveis. Também foram feitos bloqueios nas contas bancárias dos investigados e das empresas envolvidas.
Os alvos foram afastados dos cargos públicos. Além disso, foram determinadas medidas cautelares, como a proibição de contato entre os investigados e o acesso aos prédios e dependências da Metamat. Os passaportes dos investigados também foram recolhidos.
A associação criminosa desviava recursos de contratos firmados pela estatal entre 2020 e 2023. Esses contratos tinham como objetivo levar água para comunidades rurais de Mato Grosso, através da perfuração de poços artesianos.
As empresas contratadas deveriam construir os poços e garantir a distribuição da água para os moradores das regiões próximas. Porém, auditorias da Controladoria Geral do Estado encontraram diversas irregularidades, como poços que não foram encontrados nos endereços indicados, poços sem estrutura adequada para armazenar água e até casos em que os próprios moradores improvisaram formas de acesso à água.
Também foram encontrados poços perfurados em propriedades particulares, áreas de pastagem, plantações, garimpos e em granjas, além de alguns em áreas urbanas.
As auditorias realizadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram várias falhas nas obras. Segundo a CGE, as falhas nos contratos, pagamentos indevidos e descumprimento das condições contratuais causaram um prejuízo de pelo menos R$ 22 milhões aos cofres públicos.
O Poder Judiciário também determinou novas auditorias para calcular o prejuízo em cada contrato e verificar se houve direcionamento nas contratações.
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