Categories: Politica MT

Governador volta a cobrar leis mais duras e critica Lula por não classificar facções criminosas como terroristas

Proposta foi feita pelo Governo dos Estados Unidos, em Brasília; Mendes pediu endurecimento das leis

O governador Mauro Mendes (União Brasil), voltou a criticar o governo federal por não classificar facções criminosas como organizações terroristas. A declaração foi feita após repercussão de uma proposta apresentada por representantes da gestão de Donald Trump a integrantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sugerindo que o Brasil incluísse grupos como o PCC e o Comando Vermelho na lista de entidades terroristas.

A sugestão, no entanto, foi rejeitada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob o argumento de que a legislação brasileira não enquadra essas facções como terroristas, já que sua atuação visa, prioritariamente, o lucro com o tráfico de drogas e armas — e não motivações baseadas em ódio, ideologia ou religião.

Leia Mais:

“Hoje as facções criminosas estão realmente fazendo o terror. Elas matam, elas cortam cabeça, elas matam pessoas na frente da família, elas arrancam corações, fazem verdadeiras atrocidades praticando o terror. E isso, pra mim, é terrorismo. Mas o governo brasileiro se negou e, no final, se apega à lei brasileira que classifica outras coisas como terrorismo e não as facções criminosas”, disse o governador.

Além da crítica ao Executivo federal, Mauro também atacou o atual arcabouço jurídico do país, que considera antiquado e leniente com o crime organizado. Ele voltou a afirmar que o sistema legal brasileiro é permissivo e precisa de mudanças.

Por fim, o chefe do Executivo estadual cobrou novamente do Congresso Nacional a aprovação de leis mais rígidas que endureçam o combate às facções criminosas.

No Congresso Nacional, há propostas em tramitação que visam ampliar a definição de terrorismo para incluir ações de facções criminosas. O Projeto de Lei 3.283/2021, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, propõe equiparar atos praticados por organizações criminosas a atividades terroristas, incluindo ações como domínio territorial e ataques a servidores públicos.

Além disso, o Projeto de Lei 1.283/2025, apresentado na Câmara dos Deputados, busca alterar a Lei Antiterrorismo para estender sua aplicação a organizações criminosas e milícias privadas que realizem atos de terrorismo, incluindo crimes cibernéticos.

Especialistas, no entanto, alertam que o endurecimento das penas pode não ser eficaz no combate ao crime organizado e pode até favorecer as facções criminosas, ao aumentar a superlotação dos presídios e fortalecer o controle dessas organizações dentro do sistema penitenciário.

O Noroeste

Recent Posts

Trabalhadora morre eletrocutada ao limpar máquina de descascar alho em Cuiabá

Marli Zulske, de 49 anos, sofreu uma descarga elétrica enquanto limpava uma descascadora de alho…

5 horas ago

Adolescente morre após cair de árvore no quintal de casa em MT

Vítima foi identificada como Ezequiel Lucas Mangere, de 13 anos. Um adolescente de 13 anos morreu…

6 horas ago

Hospital Central é inaugurado após 34 anos de espera em Cuiabá

Unidade conta com 290 leitos e vai atender casos de alta complexidade, com capacidade para…

6 horas ago

Com subsídio do Governo de MT, famílias realizam sonho da casa própria em Primavera do Leste

Programa SER Família Habitação entregou 597 casas do Residencial Jardim dos Ipês em Primavera do…

6 horas ago

“Mudou minha vida; sem subsídio do Governo de MT não teria comprado minha casa”, afirma morador

Governador entregou 597 moradias pelo SER Família Habitação e autorizou obras de infraestrutura e educação…

6 horas ago

Seduc e Polícia Militar fazem formatura de alunos de escolas estaduais militares

A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) e a Polícia Militar (PMMT)…

6 horas ago