A juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou que a Câmara Municipal de Cuiabá mantenha o pagamento dos salários dos vereadores afastados Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB).
A decisão, proferida nesta segunda-feira (2), atende a um recurso apresentado pelos dois parlamentares.
Os vereadores foram afastados de suas funções durante a Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil no mês passado. Eles são suspeitos de terem recebido propina da empreiteira HB20, responsável pela obra do Contorno Leste, orçada em R$ 125 milhões, em Cuiabá.
Segundo as investigações, o valor de R$ 250 mil teria sido pago para que os parlamentares aprovassem uma proposta relacionada ao parcelamento de dívidas tributárias, que beneficiaria diretamente a empresa investigada.
Na decisão, a magistrada afirmou que a suspensão dos subsídios dos parlamentares pela Câmara Municipal de Cuiabá não tem respaldo na decisão judicial que determinou o afastamento cautelar.
Ela destacou ainda que a medida cautelar não tratou da questão da remuneração e, diante da ausência de determinação expressa para a suspensão dos salários, deve prevalecer, por força legal e constitucional, a continuidade dos pagamentos.
“Portanto, defiro os pedidos formulados por Joelson Fernandes do Amaral e Francisco Carlos Amorim Silveira e determino que a Câmara Municipal de Cuiabá mantenha o pagamento regular dos subsídios parlamentares aos investigados enquanto perdurar a medida de afastamento cautelar, ressalvada a hipótese de comprovação de cumulação de funções, o que não se verificou nos autos”, decidiu.
“Com efeito, deverá a Administração Municipal Legislativa pagar-lhes, desde a imposição da medida cautelar judicial de afastamento, os vencimentos devidos, vencidos e vincendos”, determinou.
Operação Perfídia
Também foram alvos da operação José Márcio da Silva Cunha, Claudecir Duarte Preza e Jean Martins e Silva Nunes, todos ligados à empreiteira.
Ao todo, a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) cumpriu 27 ordens judiciais contra os cinco alvos, sendo mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo de dados telefônicos e eletrônicos, além de sequestro de bens, valores e imóveis, contra os cinco investigados.
As investigações tiveram início a partir de denúncia recebida pela Deccor em 2024, noticiando que vereadores teriam solicitado a um funcionário da empresa propina para a aprovação de matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à empresa no ano de 2023.
Conforme a Polícia, uma parte dos valores foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, e há indícios de que a outra parte tenha sido paga em espécie ao parlamentar, no interior de seu gabinete na Câmara, onde as negociações teriam ocorrido.
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