O tarifaço anunciado por Donald Trump, que era temido como um golpe duro ao comércio brasileiro, terminou agosto sem grandes efeitos. A balança comercial fechou o mês com superávit de R$ 33,4 bilhões, acima das expectativas do mercado.
As exportações somaram R$ 162,7 bilhões, enquanto as importações atingiram R$ 129,2 bilhões. No acumulado de janeiro a agosto, o saldo positivo chega a R$ 233,3 bilhões. As vendas externas avançaram 0,5% em relação a 2024, e as importações cresceram 6,9%.
O agronegócio puxou os números, com R$ 36,3 bilhões em exportações no mês, crescimento de 8,3%. A indústria extrativa também teve bom desempenho, com alta de 11,3% e R$ 39,6 bilhões exportados. Já a indústria de transformação registrou leve queda de 0,9%, totalizando R$ 85,9 bilhões.
Nas importações, o setor de transformação liderou com R$ 116,6 bilhões, queda de 3,8%. A extrativa avançou 26,5%, alcançando R$ 9,6 bilhões, enquanto o agronegócio ficou praticamente estável, com R$ 2,4 bilhões em compras externas.
“Mesmo com custos elevados e tensões externas, o agronegócio sustenta a balança comercial”, destacaram analistas do setor.
O desempenho confirma a resiliência do campo e sua importância estratégica para a economia brasileira. Alguns segmentos, como o de pescados, ainda pedem soluções, mas o país segue firme no comércio internacional.