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Tortura, empréstimo forçado e juro abusivo: como 7 policiais militares operavam esquema criminoso em MT e GO

Um grupo criminoso formado por sete policiais militares e mais 20 civis foi alvo de mandados de bloqueio de bens e busca e apreensão nesta quarta-feira (26) em Cuiabá, Várzea Grande e também em Goiânia (GO).

À TV Centro América, o promotor de Justiça João Batista afirmou que o grupo investigado operava empréstimos forçados a outros policiais e chegaram a torturar vítimas para que aceitassem essas propostas com juros abusivos.

Em nota, a PM disse que todos os envolvidos já foram afastados de suas atividades e que já adotou todas as providências para responsabilizar os investigados. A PM ressaltou que não endossa nenhum tipo de crime ou atividade ilícita por parte de seus integrantes.

O esquema foi montado, conforme a investigação, após um ex-PM sair da corporação por considerar que o salário “não era interessante” e buscou outras formas de angariar dinheiro.

Segundo o promotor, o ex-PM criou um grupo com uma estrutura bem definida e chegou a movimentar mais de R$ 5 milhões.

A investigação começou após a Corregedoria-Geral da PM receber uma denúncia anônima sobre as movimentações suspeitas, que apontavam para um crescimento desproporcional do patrimônio dos PMs envolvidos.

Com isso, o caso foi parar na Justiça Militar, que entendeu que não era competência desta esfera, e encaminou o processo para a justiça comum. Em 2021, a investiação deu andamento e, de lá para cá, levantou informações que permitiram ao Ministério Público pedir pelas cautelares cumpridas na operação.

A partir desse indício, o caso foi repassado ao Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que identificou outros policiais ligados ao esquema.

A investigação busca esclarecer ainda se uma aeronave foi comprada por um dos integrantes do grupo criminoso.

A ação foi cumprida pelo Gaeco, em conjunto as polícias Civil, Militar, Penal e o Sistema Socioeducativo, durante a Operação Fides Fracta, que significa “elo rompido”, fazendo referência à quebra do vínculo ético e de conduta dos militares envolvidos.

O Noroeste

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