A partir de fevereiro de 2026, os consumidores terão acesso a um sistema mais rápido e totalmente digital para transferir empréstimos entre instituições financeiras. O Banco Central anunciou a inclusão da portabilidade de crédito no open finance, permitindo que os clientes busquem juros menores e condições mais vantajosas sem enfrentar burocracia.
Hoje o processo existe, mas é lento e pouco eficiente. Na avaliação do BC, o novo modelo trará mais agilidade ao permitir o compartilhamento padronizado de informações entre bancos e fintechs. Em comunicado, o órgão destacou que a iniciativa deve “eliminar assimetrias de informação e barreiras operacionais”, tornando a portabilidade mais simples e competitiva. Para operações realizadas dentro do ambiente digital do open finance, o prazo máximo cairá de cinco para três dias úteis.
Toda a operação ocorrerá pelos aplicativos das próprias instituições financeiras. Para o diretor de Regulação do BC, Gilneu Vivan, o uso da infraestrutura do open finance deve ampliar disputas por melhores taxas. “O que estamos fazendo é levar os benefícios do sistema para a portabilidade, com facilitação da troca de informações e melhor experiência para o cliente”, afirmou.
A formalização veio com a Resolução Conjunta nº 15/2025, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional. Os testes começam antes de fevereiro de 2026, inicialmente na modalidade de crédito pessoal. Em agosto de 2026 começam os testes para o crédito consignado do setor público federal, com abertura ao público prevista para novembro. Outras modalidades serão adicionadas ao longo do cronograma.
O open finance permite que consumidores autorizem o compartilhamento de seus dados financeiros entre instituições. Na prática, o cliente pode transportar seu histórico bancário, acessar ofertas personalizadas e movimentar contas em plataformas diferentes. O Banco Central afirma que a ampliação da portabilidade digital fortalecerá o sistema e melhorará a experiência do usuário.




