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Após aluno com autismo ser agredido em banheiro, escola adotará ações de convivência entre estudantes em Cuiabá

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT) informou, nesta terça-feira (25), que adotará ações específicas de convivência entre os estudantes da Escola Estadual Antônio Epaminondas, em Cuiabá. A medida foi anunciada após uma mãe registrar um boletim de ocorrência, denunciando que o filho dela de 12 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi agredido por um colega de sala.

Foi realizada uma reunião entre uma equipe psicossocial e os responsáveis pelos alunos envolvidos. Em nota, a Seduc afirmou que um profissional estará presente na unidade para desenvolver o projeto.

“Foi decidido que a escola fará atribuição de um professor mediador para desenvolver ações especificas de convivência entre os estudantes, além de fortalecer as ações da política da educação inclusiva que são realizadas rotineiramente na unidade”, diz trecho da nota.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Jozirlethe Criveletto, o aluno que agrediu também é diagnosticado com TEA. A Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) continuará ouvindo as testemunhas e depois enviará o caso para o Judiciário.

Entenda o caso

 

No dia 12 deste mês, um vídeo gravado por alunos dentro do banheiro da escola mostra o momento em que a vítima é encurralada e agredida. Nas imagens, é possível ver um grupo de alunos assistindo a confusão enquanto o adolescente é agredido por outro. Em seguida, a vítima se tranca em uma das cabines do banheiro para fugir das agressões.

Conforme o boletim de ocorrência, o adolescente estava sendo perseguido pelo agressor. Segundo o relato do adolescente à mãe, ele foi xingado e teve os dedos apertados pelo colega. Ele alega ainda que o infrator o ameaçou e o agrediu nas nádegas com um pedaço de madeira.

A mãe do adolescente contou que o filho tem relatado estar sofrendo ameaças desde o ano passado. A mulher disse que procurou a escola e denunciou o caso, mas teria ouvido da direção que o adolescente acusado não apresentava comportamento agressivo e que a vítima estaria mentindo.

“Ele está muito assustado, ninguém da escola acreditou nele. A coordenadora e mais duas funcionárias disseram que ele estava mentindo”, disse.

O adolescente foi submetido a um exame de corpo de delito.

O Noroeste

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