Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, morreu após ser baleado na frente do escritório em que trabalhava, em 2024 — Foto: Divulgação
A Justiça determinou, na última quinta-feira (29), a soltura provisória dos quatro policiais militares presos na Operação Office Crimes: A Outra Face, em março deste ano, que investiga o homicídio do advogado Renato Gomes Nery, em Cuiabá. Eles são investigados por forjar um confronto com a arma usada para matar o advogado, em julho do ano passado.
O grupo de militares (veja os nomes abaixo) é acusado de homicídio qualificado consumado, tentativa de homicídio, fraude processual, porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa.
A reportagem tenta localizar a defesa dos policiais citados.
Apesar das acusações, a Justiça entendeu que “não há elementos concretos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva”. Conforme a decisão, os acusados possuem residência fixa, bons antecedentes, vínculos familiares e profissionais, e colaboraram com as investigações sem apresentar risco à instrução criminal.
Os policiais deverão cumprir apenas medidas cautelares, como a entrega de relatório trimestral das atividades realizadas, com escalas de serviço; proibição de manter contato com vítima e testemunhas por qualquer meio; recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 6h, e nos dias de folga.
De acordo com a Justiça de Mato Grosso, Jorge Rodrigo aparece em um processo sobre a morte de Mayk Sanches Sabino, morto em um possível confronto policial, em 2020.
Jorge foi indiciado também pela morte de Ricardo Conceição da Silva, morto em 2023, no bairro Três Barras, em Cuiabá. Já Wailson Alesandro é um dos indiciados pela morte de Victor Lima Hipolito.
Leandro Cardoso foi alvo Operação Simulacrum, que investigou um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de 24 mortes em simulações de confrontos.
Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
“É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido”, disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.
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