A cada safra, milhões de toneladas de soja colhidas em Mato Grosso percorrem milhares de quilômetros até alcançar o litoral paulista. Em 2024, cerca de 28% da exportação do grão no estado foi escoada pela malha ferroviária, com destaque para o terminal de Rondonópolis, que embarcou aproximadamente 7 milhões de toneladas rumo ao Porto de Santos.
Além do grão in natura, os vagões transportam também o farelo de soja, resultado do esmagamento realizado nas indústrias da região.
Segundo o diretor de terminais da Rumo, João Marcelo Alves da Silva, foram 12 milhões de toneladas entre soja e farelo embarcadas pelo terminal, representando 60% de tudo que chegou ao porto paulista vindo do estado.
🚛Da lavoura ao trilho: o papel dos caminhoneiros
O processo logístico começa na lavoura ou em armazéns de comercializadoras. Após a emissão da nota fiscal, os caminhões entram no sistema de agendamento. O motorista Paulo Luiz Gonçalves de Almeida contou que fazem o caregamento, o elonamento e depois tem que ahuardar no pátio.
“Assim que sai a nota, somos chamados pela balança, pegamos a nota e seguimos viagem. Depois de descarregar e receber a nota carimbada, voltamos em busca de nova carga”, disse.
O terminal de Rondonópolis tem capacidade para descarregar cerca de 1,5 mil caminhões por dia, garantindo agilidade no fluxo de entrada dos grãos.
Ainda segundo o João Marcelo, após a chegada ao terminal, os grãos são avaliados e direcionados aos comboios ou silos. Entre sete e oito composições partem diariamente para Santos, levando cerca de 80 horas para completar o trajeto.
Ronaldo Pereira, condutor de uma das locomotivas contou que durante o percurso, são feitos várias trocas de maquinistas em pontos estratégicos.
“O trem sai de Rondonópolis e há em média seis trocas. Em Bugoacsu é a penúltima, e em Paratinga eu assumo para levar até a entrada do Porto”, explicou.
O maquinista Felipe Pinheiro, responsável pelo trecho final, disse que a função dele é trazer a carga desde a entrada do Porto de Santos até os terminais, onde o produto é descarregado e embarcado nos navios rumo ao exterior.
O diretor de operações da ferrovia interna do porto, Edson Citelli, informou que o Porto de Santos movimenta cerca de 100 milhões de toneladas de graneis por ano, sendo 30 a 35% proveniente da soja, e que Mato Grosso representa entre 70% e 80% dessa soja.
Ainda de acordo com o Edson, além da soja, o porto também recebe fertilizantes. Na margem esquerda, no Guarujá, são cerca de 120 vagões por dia; na margem direita, 20. Após a descarga, os vagões são limpos e recarregados com fertilizantes para o interior.
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