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Empresários fecham acordo e escapam de punição após esquema que desviou R$ 101 milhões do Estado

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, homologou acordos de não persecução penal que beneficiaram os empresários Giovani Crespani e Marcos Rosendo da Silva, investigados na Operação Vespeiro. Com a decisão, ambos escapam de punições criminais em um esquema que causou prejuízo estimado em R$ 101 milhões aos cofres públicos.

Em contrapartida, os empresários se comprometeram a restituir cerca de R$ 1 milhão ao erário. As homologações foram publicadas no Diário da Justiça desta segunda-feira (24).

A Operação Vespeiro desarticulou um esquema fraudulento que envolvia diversas empresas e pessoas físicas. Segundo a investigação, a estrutura criminosa era organizada em níveis: na base, estavam as empresas de fachada utilizadas para movimentação de dinheiro; em um nível acima, agentes que captavam contas bancárias para os desvios; e, no topo, os responsáveis pelo sistema BB PAG, que inseriam e autorizavam pagamentos fraudulentos, além de ocultar registros para dificultar o rastreamento dos valores desviados.

Entre os denunciados no esquema estão Juércio Antonio Marque, ex-presidente da Coopercon, Plínio Alexandre de Amorim Marques e Néia Araújo Marques, ambos sócios de empresas apontadas como participantes das fraudes. Outros nomes que constam na denúncia incluem José Ribeiro Neto e Wockton Santos Pereira, ligados ao Instituto Baguari; Claumir Tomazi, ex-membro do conselho fiscal da Coopercon, e familiares que, segundo a investigação, teriam se beneficiado financeiramente com os desvios.

A lista de denunciados também inclui Rosa de Castro Melo, Victor Castro Tomazi, Elaine Cristina Batista Tomazi, Ari Lindemann Junior, Adauri Angelo da Silva, Alex Angelo Dias da Silva, Terezinha Dias da Silva, Evanildes Dias Leite, Marco Paolo Picone e outros supostos envolvidos. Muitas dessas pessoas tinham vínculos diretos com empresas investigadas, que serviram como veículos para a movimentação dos valores ilícitos.

A homologação dos acordos gera debates sobre a eficácia do ressarcimento frente ao montante desviado. Enquanto os empresários beneficiados se comprometeram a devolver aproximadamente R$ 1 milhão, o rombo causado pelo esquema é mais de cem vezes maior. As investigações seguem para identificar se há outros envolvidos que possam responder criminalmente pelos crimes financeiros.

O Noroeste

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