Mulher foi obrigada a gravar um vídeo se retratando e que seria usado pelos criminosos para tentar atrapalhar as investigações do primeiro sequestro.
Uma jovem foi sequestrada pela segunda vez por uma facção criminosa em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, e resgatada nesse domingo (4). Segundo a Polícia Civil, na sexta-feira (2), três suspeitos já haviam sido presos por envolvimento no primeiro sequestro, que tinha como objetivo a execução da vítima.
De acordo com o delegado Bruno França, a vítima conseguiu fugir do segundo sequestro e foi até a delegacia pedir ajuda. Ela havia sido torturada com mais de 50 chibatadas e obrigada a gravar um vídeo se retratando. A gravação seria usada pelos criminosos para tentar forjar uma versão dos fatos e atrapalhar as investigações.
“A motivação do sequestro era o intuito de produzir uma prova fraudulenta na investigação, que seria a retratação da vítima para dar legitimidade para a situação que ela se encontrava. O vídeo foi gravado pelos criminosos na câmera após espancarem ela ao vivo “, explica.
A vítima relatou à polícia que foi julgada pelo chamado “tribunal do crime” depois de perder uma quantidade de drogas. Quando deixou a prisão, não teria prestado esclarecimentos à organização criminosa, pois queria se afastar do crime e recomeçar a vida. Ela cumpre pena em regime aberto e faz uso de tornozeleira eletrônica por tráfico de drogas.
Ainda de acordo com a polícia, a mulher foi levada junto com a família a um local seguro fora do estado e a polícia trabalha para localizar os suspeitos do segundo sequestro.
Primeiro sequestro
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Na sexta-feira (2), a jovem foi resgatada pela polícia após ser sequestrada por uma facção criminosa para ser morta em uma casa no bairro Primavera, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. Três suspeitos foram presos.
De acordo com a Polícia Civil, os investigadores receberam a denúncia de que a vítima estaria sendo mantida em cativeiro e corria risco de morte. Ao chegarem no local, os policiais invadiram a casa e encontraram os três suspeitos e a vítima com vida.
À polícia, ela relatou que teve a morte decretada durante uma videochamada com outros membros da facção e que haviam outros dois suspeitos, mas eles saíram do local com uma arma e com a moto dela. Ela também relatou que apanhou dos suspeitos e que foi beijada à força por um deles.
Conforme as investigações, a jovem foi sequestrada pela manhã. No momento em que saía do supermercado onde trabalha, ela percebeu que o pneu da moto estava furado, em seguida, foi rendida e levada pelos suspeitos.
