Suspeitos de envolvimento no crime não poderão se aproximar da criança ou dos familiares da adolescente.
A Justiça de Mato Grosso concedeu medidas protetivas de urgência à Ana Paula Meridiane Peixoto de Azevedo, mãe da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, assassinada no dia 12 de março deste ano, em Cuiabá. A medida também contempla a bebê recém-nascida, filha da vítima, que foi resgatada com vida após o crime.
A decisão foi assinada pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO). Além da proteção, a magistrada determinou a proibição de qualquer aproximação ou contato dos suspeitos com a criança e com os familiares de Emilly.
Na quinta-feira (27), o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou denúncia contra Nataly Helen Martins Pereira, acusada de ter assassinado Emilly, que estava grávida de nove meses, e de ter roubado o bebê.
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Nataly foi denunciada por oito crimes: feminicídio; tentativa de aborto; subtração de recém-nascido; parto suposto; ocultação de cadáver; fraude processual; falsificação de documento particular e uso de documento falso.
O delegado Michael Mendes Paes, responsável pelo caso, informou que um inquérito foi instaurado para apurar a possível participação do marido, irmão e um amigo da autora no crime. Os três foram conduzidos à delegacia no dia da ocorrência, mas acabaram liberados por falta de elementos para prisão em flagrante.
Entenda o caso
Mãe fala sobre adolescente grávida desaparecida em Cuiabá (MT)
A mãe da vítima contou que Emilly conheceu a suspeita por meio de conversas nas redes sociais. Nataly dizia estar grávida e alegava ter roupas de bebê para doação.
“Ela falou que ganhou muita roupa e queria doar um pouco para Emilly. Mandou a localização e até um Pix para que minha filha pudesse buscar os itens. Só que ela foi… e não voltou”, contou.
Emilly desapareceu após sair de casa, em Várzea Grande, com destino a Cuiabá para buscar as doações. No mesmo dia, Nataly procurou o Hospital Santa Helena, alegando que a criança havia nascido em casa, e solicitou a declaração de nascimento.
No entanto, o comportamento da mulher chamou atenção da equipe médica, que percebeu inconsistências em seu relato e sinais físicos incompatíveis com um parto recente. A polícia foi acionada, e o casal foi encaminhado à delegacia.
A bebê permaneceu sob cuidados médicos e foi posteriormente reconhecida pela família de Emilly.