Lucas Gabriel de Souza desapareceu em junho de 2015, quando tinha 15 anos — Foto: Polícia Civil
“Ele chegou de surpresa, me abraçou, passamos o meu aniversário juntos. À tarde, ele foi embora, mas disse que voltaria e foi a última vez que o vi”. Essa é a lembrança que a mãe de Lucas Gabriel de Souza tem do filho, antes dele desaparecer quando tinha 15 anos, no bairro Pedra 90, em Cuiabá, no dia 6 de junho de 2015.
Segundo a mãe que não quis se identificar, depois de alguns dias ligando para o filho e não tendo retorno, ela decidiu ir atrás dele na casa do pai, onde Lucas Gabriel passava a maior parte do tempo, após a separação dos pais. Ao chegar, o avô paterno do adolescente disse para ela não procurar mais pelo filho, porque ele já deveria estar morto.
“Ele [o avô] me contou umas histórias absurdas sobre o Lucas estar andando com pessoas erradas, disse para não procurar mais por ele porque com certeza ele já deveria estar morto. Ele disse também que haviam entrado dentro da casa e atirado contra o Lucas e só não matou porque ele pulou o muro”, relatou.
No início, a mãe não acreditou nas palavras do avô de Lucas Gabriel. Segundo ela, ao procurar informações com os vizinhos, ninguém quis falar. Ela foi então até à delegacia para registrar um boletim de ocorrência.
De acordo com a Polícia Civil, não há informações sobre o paradeiro de Lucas desde a data do desaparecimento. A equipe continua investigando o caso por meio do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Depois de alguns dias sem resposta, dois homens foram até à casa da mãe de Lucas para cobrar um dinheiro que, supostamente, o adolescente devia aos dois.
“Eles disseram que ele [Lucas] devia dinheiro de drogas. Eu disse que ele havia desaparecido e mostrei o boletim de ocorrência para eles. Eles disseram que não tinham nada ver com isso e que queriam receber o dinheiro”, contou.
Por medo de perseguição, a mãe mudou de casa, mas segundo ela, os envolvidos na cobrança do dinheiro descobriram o número de telefone dela e começaram a ligar frequentemente. Ela precisou trocar de número e mudar de cidade.
“Não comemoro mais, é um dia normal pra mim. Quando meu esposo e meus filhos fazem um bolo ou algo assim, o que era pra ser sorriso e alegria, se tornam lágrimas e tristeza”, descreveu.
Mesmo afirmando viver em paz com a família na nova cidade, a falta de resposta sobre o desaparecimento do filho, ainda causa angústia na mãe, depois de 10 anos.
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