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Melhoramento genético transforma produção de leite em Mato Grosso

Programa da Seaf já confirmou mais de 4 mil prenhes e aumenta renda de famílias.

O melhoramento genético no Mato Grosso tem revolucionado a produção de leite familiar. Desde 2020, o programa da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT) já investiu R$ 7,2 milhões, confirmando mais de 4 mil prenhes em propriedades do estado.

O impacto do programa vai além dos números. Para produtores como Daniel Carlesso, de Alta Floresta, a genética avançada transformou completamente a produção. No Sítio dos Ypês, com 75 hectares e cerca de 100 vacas leiteiras, 16 prenhezes foram recebidas, resultando em 11 bezerras nascidas, sendo três já reprodutivas.

“Antes tínhamos uma boa produção, mas com o melhoramento genético fomos além. Isso mudou tudo”, afirma Daniel. A vaca primípara do programa chegou a produzir 32 litros por dia, destacando-se em torneios leiteiros locais.

Investimento e expansão

Alta Floresta recebeu 500 doses de sêmen, 30 novilhas prenhes e 186 prenhes confirmadas, com investimento de R$ 780 mil, consolidando a cidade como referência em melhoramento genético. Em todo o estado, produtores que antes tinham baixa produtividade agora chegam a produzir entre 20 e 30 litros diários, aumentando a renda familiar e fortalecendo a permanência no campo.

Como funciona o programa

O programa integra:

  • Distribuição de sêmen de alta qualidade
  • Transferência de embriões
  • Entrega de novilhas prenhes

A participação se dá via associações, cooperativas e prefeituras (para sêmen e embriões), enquanto a seleção das propriedades é feita pela Empaer, garantindo capacidade mínima de produção e estrutura adequada.

Transformação cultural e inclusão

O programa também promove mudança de mentalidade. Produtores aprenderam que genética sozinha não basta: nutrição, manejo e sanidade são essenciais. Além disso, o papel da mulher nas propriedades tem sido crucial, pois a participação feminina impulsiona a adoção da tecnologia e garante continuidade dos projetos.

Desafios e perspectivas

Logística e resistência inicial à tecnologia foram desafios superados. Hoje, o programa é referência, com cooperativas registrando aumento de 1,5% a 2% na captação de leite. A Seaf garante continuidade com a quarta fase do projeto, com investimento adicional de R$ 6 milhões.

Comente sua opinião e compartilhe como iniciativas assim podem impactar a produção de leite familiar!

O Noroeste

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