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‘O meu maior desafio na profissão sempre foi ser mulher’, diz Cecilia Czepak!

Vamos conhecer, a partir de hoje (10), as histórias dos indicados ao Prêmio Personagem Soja Brasil. O primeiro nome é de Cecilia Czepak, pesquisadora da Universidade Federal de Goiás, que se destaca pelo seu trabalho inovador e contribuições no campo da soja.

Cecilia é professora da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás e acumula 26 anos de experiência no campo acadêmico. Formada em Agronomia, ela iniciou sua trajetória em Goiás logo após a formatura, se destacando por sua atuação ao lado de pesquisadores da cultura da soja.

“O grande desafio, para mim, sempre foi ser mulher nessa profissão. Quando me formei, eram 90 alunos na minha turma, apenas 5 eram mulheres, e logo que comecei a procurar emprego, muitas empresas não contratavam mulheres”, lembra Cecilia, que, com determinação, decidiu seguir sua carreira acadêmica, buscando mestrado e doutorado para mudar essa realidade.

Com uma visão voltada para a constante evolução da pesquisa, Cecilia destaca a importância de não depender de uma única ferramenta de controle no campo. Ela aponta a soja transgênica BT como uma importante inovação, mas ressalta que é necessário continuar buscando novas soluções e estratégias para os produtores. “A pesquisa nunca pode parar. Precisamos de abordagens dinâmicas, onde novas tecnologias estão sempre sendo introduzidas para beneficiar a cultura da soja”, afirma.

Seu trabalho foca principalmente no manejo integrado de pragas, buscando reduzir a população de insetos antes que causem danos significativos nas lavouras. Um dos projetos inovadores que ela lidera é a técnica de “macho-confusão”, que utiliza feromônios para confundir os machos de insetos e evitar a reprodução, impedindo que as lagartas se proliferem no campo.

“São 40 anos de trabalho, mas eu não estou sozinha. Tenho o apoio da universidade e, principalmente, de alunos que estão no mercado e com quem compartilho o conhecimento”, destaca Cecilia, ressaltando que o reconhecimento não é apenas individual, mas sim um reconhecimento coletivo da instituição e da comunidade de produtores.

Em um dos momentos marcantes de sua trajetória, Cecilia lembra de um dia em que estava acompanhando um produtor no campo, e o filho do agricultor, ao caminhar ao seu lado, disse: “A coisa que meu pai mais quer é um agrônomo na área”. Este tipo de contato direto com o campo e a constante troca de experiências é o que a motiva a continuar sua jornada de pesquisa e ensino.

A partir do dia 18 de fevereiro você vai poder votar no seu escolhido aqui no site do Soja Brasil!

O Noroeste

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