Pais e mães de alunos da Escola Estadual Maria Leite Marcoski, em Várzea Grande, estão cobrando explicações da direção após a instalação de uma câmera de monitoramento dentro do banheiro feminino. A medida, adotada no âmbito do programa Vigia Mais MT, gerou indignação entre estudantes e responsáveis, que questionam a decisão da escola e das autoridades estaduais.
A polêmica ganhou força nas redes sociais, aumentando a pressão por esclarecimentos. Diante das críticas, o diretor da escola, Ranielle Mendes, justificou a instalação da câmera como uma resposta a atos de vandalismo e ao uso de cigarros eletrônicos no banheiro. Ele garantiu que a privacidade dos alunos foi preservada, pois o equipamento não capta imagens dentro das cabines.
Além disso, o diretor reforçou que a escola mantém um canal aberto de diálogo com os pais e responsáveis, buscando esclarecer dúvidas e garantir um ambiente seguro para todos.
Outro lado:
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) protegem o direito à privacidade dos estudantes. Câmeras em áreas comuns da escola são aceitáveis para garantir segurança, mas em locais como banheiros e vestiários, a instalação pode ser considerada ilegal, mesmo que não capture imagens das cabines.
Os pais e responsáveis têm o direito de exigir explicações e, se necessário, acionar o Ministério Público ou a Defensoria Pública para garantir que a privacidade dos estudantes seja respeitada. O ideal seria buscar alternativas menos invasivas para lidar com o problema, como maior fiscalização presencial ou campanhas educativas.