O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) anunciou, nesta sexta-feira (9), o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores públicos fixada em 5,32% já para maio deste ano. Segundo Brunini, dentre os motivos que levaram a decisão estão o pagamento em dia das contas pela atual gestão, pagamentos antecipados, hora extra paga em salário, assim como prêmio saúde, insalubridade, verba indenizatória e rescisões de 2024 pagas em 2025.
De acordo com o gestor, após sucessivas medidas para potencializar a economia no município o “fôlego” das contas públicas permitiu que fosse dado um retorno a sociedade e outras ações como, por exemplo, o próprio pagamento da RGA, além da tarifa gratuita no transporte públicos aos domingos e o café da manhã nas escolas públicas da rede municipal.
“A gente tá dando um alento para o servidor nesse pequeno fôlego que a gente tá tendo de economia, entendeu? Não significa que as coisas tão bem. E nem que terminando o decreto as coisas vão tá bem. Vai terminar o decreto, vai continuar as dívidas, vai continuar os problemas, vai continuar até fazer a gestão econômica apertada do mesmo jeito, que agora não vão pagar 700 milhões de dívida em 6 meses de gestão. E outra, se você pegar a dívida consolidada, ela tem 2 bilhões”, acrescentou.
Abilio ainda apontou que servidores efetivos e técnicos tem ajudado a encontrar caminhos para solucionar os problemas financeiros. Contudo, assinalou que tem tido dificuldades com alguns servidores que “estariam jogando contra” a gestão, embora muitos estejam auxiliando.
“Para quem tiver torcendo o contrário, a gente vai criar um formulário, a pessoa assina e recusa o RG, recusa o pagamento em dia, recusa todos os benefícios que a gente tá colocando e vai para a internet reclamar que a gente tá trabalhando a favor da população”, disse.
A expectativa era de que ocorreria nesta tarde a revogação do decreto de calamidade financeira. A medida foi assinada em janeiro e tinha validade até julho por conta do déficit de R$ 2 bilhões encontrados no primeiro balanço nas contas públicas do Palácio Alencastro. A antecipação da suspensão havia sido cotada pelo gestor.
No entanto, o prefeito destacou no anúncio que o decreto será seguido até julho. “De 31 de junho a 3 de julho é o prazo dele ser concluído. Vamos continuar seguindo, porque não vamos esbanjar os recursos. Vamos aplicar a economia e conseguir ir equalizando as aplicações da economia, mas até o meio do ano, nós vamos manter a essa segurança de conter recursos. A gente vai passar de 100 milhões de economia nunca”, declarou.
A medida já era avaliada pela equipe econômica da prefeitura, tendo em vista que o município conseguiu efetivar o pagamento da folha salarial dentro do mês. Além disso, Abilio citou a economia com a renegociação de contratos firmados pela gestão municipal.