Pupy: após mais de 50 dias, primeira elefanta africana a ir para santuário de MT deixa ecoparque na Argentina rumo ao novo habitat | Mato Grosso

🐘 Após 53 dias da data prevista, a elefanta Pupy, de 35 anos, deixou o ecoparque onde vivia, em Buenos Aires, na Argentina, nesta segunda-feira (14), rumo ao Santuário dos Elefantes Brasil (SEB), localizado em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá.

Em uma caixa de transporte, Pupy foi içada por um guindaste e colocada no caminhão que a transportará por mais de 2,6 mil km até a nova morada. A previsão é de que ela chegue ao santuário no entre sábado (19) e domingo (20).

Nas redes sociais, o santuário atualizou a situação de Pupy e assegurou que a elefanta já está na estrada e se alimentando bem. A previsão era de que o animal saísse de Buenos Aires em 22 de fevereiro, mas a data foi prorrogada, pois a caixa preparada para o transporte não estava segura.

“Ela já ficava bem na caixa, mas não ficou segura quando foi feita a tentativa de fechar a caixa […] Além de garantir a segurança do elefante, também queremos garantir que seja o mais tranquilo possível. Pupy está indo muito bem! Ela continua comendo, o que é um ótimo sinal de que está se sentindo confortável – e também um reflexo do excelente trabalho realizado por seus tratadores no ecoparque”, informou o Santuário.

Desde fevereiro, o diretor do SEB, Scott Blais, e a Dra. Trish estavam no ecoparque acompanhando de perto a preparação para o transporte e a adaptação de Pupy na caixa. Segundo Scott, a equipe se mobilizou para dar carinho, conforto e todos os cuidados necessários para a elefanta. Após algumas conversas com os tratadores, a equipe decidiu que era o momento ideal para fechar a porta da caixa de transporte e partir.

“Ela está comendo super bem, basicamente comendo sem parar. Estamos a caminho dos pastos verdes do Brasil”, comemorou.

Além de Scott e da Dra. Trish, Pupy está sendo acompanhada por três tratadores com o objetivo de atender todas as necessidades da elefanta. Dentro da caixa, câmeras irão monitorar o que ela sente, como cansaço, sede ou necessidade de uma pausa.

Em 2020, Kuky e Pupy seriam transferidos para o Santuário dos Elefantes Brasil, em Chapada dos Guimarães (MT) — Foto: Tomas Francisco Cuesta

Atualmente, o Santuário tem cinco habitantes: Bambi, Mara, Raia, Maia e Guilhermina. Todas são elefantas asiáticas que foram resgatadas após décadas de suas vidas trabalhando em circos e zoológicos. Pupy será a primeira elefanta africana a viver no local.

Em julho de 2020, foi anunciado que Pupy chegaria ao santuário, junto de sua companheira Kuky, após a cidade de Buenos Aires assinar um decreto oficial declarando que Kuky e Pupy seriam transferidas para o Brasil. No entanto, enquanto a construção do habitat dos elefantes africanos estava em andamento, Kuky faleceu, em outubro de 2024.

Pupy foi inicialmente transportada em 1993 do Parque Nacional Kruger para um zoológico em Buenos Aires, onde viveu por mais de 30 anos ao lado de sua companheira Kuky. Depois, passou a maior parte de sua vida no Templo Hindu dos Elefantes, localizado no Ecoparque de Buenos Aires, no centro da cidade.

Pupy será a 1ª elefanta africana no santuário, em Chapada dos Guimarães.

 

Em 1993, Pupy foi transportada do Parque Nacional Kruger para um zoológico em Buenos Aires. — Foto: SEB

O santuário

 

Santuário de Elefantes Brasil, em Chapada dos Guimarães (MT) — Foto: Santuário de Elefantes Brasil (SEB)

A Associação Santuário de Elefantes Brasil (SEB) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que resgata elefantes cativos em situação de risco, oferecendo-lhes o espaço, as condições e os cuidados necessários para que possam se recuperar física e emocionalmente dos anos passados em cativeiro.

O Santuário está localizado no município de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. O espaço tem o apoio de duas renomadas organizações internacionais de defesa e estudo dos elefantes, ElephantVoices e Global Sanctuary for Elephants.

🐘 Conhecendo o Santuário

 

Para conhecer o Santuário não é preciso ir lá, até porque os elefantes vivem soltos e se escondem na mata, e a intenção é justamente que eles não sejam uma atração como foram durante a vida toda nos cativeiros onde viveram.

No entanto, nas redes sociais e no portal é possível acompanhar os relatos do dia a dia destes animais, assim como assistir aos vídeos que os tratadores conseguem fazer durante o atendimento a elas.

E quem quiser ajudar de forma mais efetiva, pode participar da campanha “Adotar um Elefante”, enviando recursos especialmente para os cuidados de qualquer uma das moradoras.

Pupy será a primeira elefanta africana no santuário em Chapada dos Guimarães — Foto: SEB

O Noroeste

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