De um total de 12,1 milhões de trabalhadores demitidos entre 2020 e a última sexta-feira (28), apenas 2,5 milhões de trabalhadores terão direito a receber o saldo integral dos depósitos feitos pelos empregadores no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Os outros 9,6 milhões terão o valor descontado devido à antecipação do saque-aniversário, uma modalidade de empréstimo disponibilizada por instituições financeiras.
Essa é uma das condições estabelecidas pela nova rodada de saques do FGTS, anunciada na última sexta-feira (28-02) por meio de uma medida provisória (MP) publicada em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União.
Com o objetivo de movimentar R$ 12,1 bilhões na economia, a medida é de caráter excepcional e não afetará os trabalhadores que forem demitidos no futuro. A MP não modificou as regras do saque-aniversário, mas liberou os valores que estavam bloqueados para aqueles que perderam o emprego.
O pagamento será feito pela Caixa Econômica Federal em duas parcelas: uma em março e a outra em junho. Trabalhadores que cadastraram sua conta bancária no aplicativo FGTS, aproximadamente 85% do total, receberão o valor independentemente do mês de nascimento.