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Vereador culpa filho de faccionado morto por moção de aplausos sem sua autorização


Conteúdo/ODOC – O vereador Jeferson Siqueira (PSD) afirmou que não teve conhecimento prévio da inclusão do nome de Gilmar Machado da Costa, conhecido como “Gilmarzinho”, entre os homenageados com moção de aplausos concedida em março do ano passado. Segundo ele, a proposta partiu do próprio filho de Gilmarzinho, que atuava como assessor em seu gabinete.

“Quem indicou foi o filho dele, que homenageou o pai. No dia 2 de março, entregamos as moções numa grande festa, com mais de cinco mil pessoas. Isso acabou passando despercebido na ocasião”, justificou o parlamentar, durante entrevista concedida na manhã desta terça-feira (1).

Gilmarzinho morreu em confronto com a polícia durante o cumprimento de mandados da Operação Aqua Ilícita, deflagrada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Ele era apontado como um dos líderes de uma facção criminosa envolvida com extorsão, lavagem de dinheiro e monopólio da distribuição de água mineral em Mato Grosso. Segundo as investigações, ele também já havia sido preso por tráfico de drogas.

A moção de aplausos veio à tona no fim do ano passado, durante as movimentações para a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal, e voltou a ser discutida neste ano após a morte de Gilmarzinho. A repercussão levou à revelação de que seu filho trabalhava como assessor parlamentar externo no gabinete de Jeferson, com salário de R$ 2.250.

O jovem havia sido nomeado no cargo em 9 de fevereiro de 2024, conforme publicação na Gazeta Municipal. Ele permaneceu na função por cerca de nove meses, sendo exonerado oficialmente no dia 19 de novembro, com efeitos retroativos a partir do dia 11 do mesmo mês.

Jeferson explicou que a exoneração foi motivada pela repercussão negativa da homenagem e não pelo vínculo familiar do assessor com o líder criminoso. “Conversamos com o grupo e entendemos que isso afetou a imagem do gabinete. A exoneração foi decidida por conta do reflexo negativo, não por ele ser filho de quem é”, esclareceu.

O vereador também criticou o uso político do episódio. “Deram uma ênfase exagerada para tentar me desqualificar e colar meu nome a essa situação. Isso foi claramente usado para me atacar politicamente”, declarou.

O Noroeste

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