O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), repudiou a fala do vereador Gilson da Agricultura (União), de Pedra Preta, a 246 km de Cuiabá, que chamou a prefeita Iraci Ferreira de Souza (PSDB) de “cachorra viciada” durante sessão extraordinária da Câmara Municipal, na segunda-feira (25.08).
“Um vereador atacou de forma desonesta uma prefeita que eu tenho o maior carinho e amizade. Confesso que, até como esposo de uma prefeita, me senti enojado com aquela fala”, declarou Russi que é marido de Andreia Wagner (PSB), prefeita de Jaciara.
Max Russi cobrou providências da Câmara Municipal e disse que a tribuna não pode ser usada para ataques pessoais. “A tribuna serve para divergir ideias, discutir projetos e ações, mas dentro do respeito. Não podemos aceitar isso vindo de um vereador eleito. Ele precisa aprender muito de civilidade”, disse.
Na ocasião, na Câmara de Pedra Preta, o vereador usou a tribuna para justificar voto contrário à destinação de R$ 460 mil da reserva de contingência para a Secretaria de Cultura, verba destinada a eventos no município. Ao criticar a prefeita, afirmou que a política em Pedra Preta mantém “velhas práticas” e disse que ela agiria “que nem cachorra viciada dentro dos assentamentos pedindo voto”.
O parlamentar também comentou outro episódio recente, ocorrido em Cuiabá, quando a vereadora Maysa Leão (Republicanos) expôs publicamente uma adolescente de 16 anos, vítima de estupro, durante audiência na Câmara. Para ele, os dois casos demonstram que é preciso reforçar os limites da atuação política. “São episódios que ultrapassam os limites da democracia e não podem ser naturalizados”, afirmou.




