Operação Rede de Mentiras cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão e bloqueou mais de R$ 1,3 milhão em bens do homem, que é investigado por fraudes financeiras em vários estados do país.
Um homem foi preso na manhã desta sexta-feira (12), durante a Operação Rede de Mentiras, da Polícia Civil, suspeita de chefiar, de Cuiabá, um esquema de pirâmide financeira com atuação nacional. O investigado é Jonathan Rosa Vieira Bispo, de 42 anos, que, segundo a polícia, operava junto a outros sócios.
As investigações apontaram que o esquema consistia no aliciamento das vítimas por meio de propagandas nas redes sociais e transmissões ao vivo no canal “Treta Trader”, no YouTube. A prática de pressionar participantes a recrutar novos investidores caracterizava o funcionamento da pirâmide financeira.
A polícia informou ainda que o grupo criminoso usava empresas como Metaverso Soluções Digitais Ltda., Multiverso Digital Ltda. e Bispo Investments Ltda. para atrair investidores com promessas de rendimentos mensais de até 7%. Os supostos lucros eram garantidos por falsas promessas de segurança financeira.
A reportagem tenta contato com a defesa de Jonathan e das empresas citadas.
Coordenada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), a operação também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais de bloqueio de bens e valores que ultrapassam R$ 1,3 milhão.
Relatos colhidos durante a investigação apontam prejuízos que variam de alguns milhares a centenas de milhares de reais, afetando inclusive famílias inteiras. Algumas vítimas relataram terem sofrido ameaças ao cobrarem valores de volta.
A Justiça determinou o bloqueio de contas e bens até o limite de R$ 1.354.206,00. Até o momento, 27 vítimas já prestaram depoimento à Decon, mas a estimativa é de que o número de lesados em todo o Brasil seja muito maior, conforme a operação.
A Justiça também suspendeu o registro das empresas envolvidas e proibiu os investigados de exercerem qualquer atividade econômica. Também há indícios de crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e crimes contra a economia popular. O Ministério Público e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também acompanham o caso.




