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Falta de manutenção, extintor vencido e cinto irregular: TCE manda tirar 14 ônibus escolar de circulação em Cuiabá

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A Operação Transporte Escolar Seguro, do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), determinou que a Prefeitura de Cuiabá retire de circulação, em até 90 dias, 14 ônibus usados no transporte de estudantes. Segundo o conselheiro Waldir Teis, os veículos estão em situação precária e não cumprem requisitos básicos de segurança, colocando em risco a vida dos alunos.

Dos 35 veículos vistoriados, 17 tinham mais de 15 anos de uso. Já os 16 ônibus da frota própria da prefeitura foram fabricados entre 2008 e 2014, acima do limite recomendado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para renovação da frota.

Operação solicita que prefeitura de Cuiabá retire de circulação, em até 90 dias, 14 ônibus usados no transporte de estudantes — Foto: TCE-MT

A reportagem entrou em contato com a prefeitura, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

A fiscalização também ocorreu nos municípios de Cáceres, Chapada dos Guimarães, Comodoro, Confresa, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Pedra Preta, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Santo Antônio de Leverger e Sinop. Eles foram selecionados com base em denúncias, representações internas e externas recebidas desde 2022, além de resultados da Auditoria de Conformidade realizada em 2020.

O que foi identificado

Entre as falhas identificadas, apenas quatro dos 35 ônibus tinham o cronotacógrafo com certificação válida. O equipamento funciona como uma “caixa-preta”, registrando velocidade, distância percorrida e o tempo de direção, parada e trabalho do motorista. Os demais 31 veículos estavam sem o aparelho ou com ele irregular.

A vistoria também encontrou problemas nos extintores de incêndio: 17 ônibus tinham irregularidades, sendo que 15 estavam com o equipamento vencido ou inadequado e 2 não tinham extintor.

Além disso, 22 veículos apresentaram falhas nos cintos de segurança — Foto: TCE-MT
Além disso, 22 veículos apresentaram falhas nos cintos de segurança — Foto: TCE-MT

Além disso, 22 veículos apresentaram falhas nos cintos de segurança e 7 circulavam sem iluminação adequada, como lanternas, setas e luzes de freio. A equipe ainda registrou buracos na lataria, bancos rasgados, ferrugem, vidros quebrados e acúmulo de sujeira.

Na documentação, a situação também era grave: 12 ônibus estavam sem o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), e nenhum deles tinha o selo de inspeção obrigatória do Detran. Entre os motoristas, 10 estavam com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) irregular e outros 21 não possuíam a certificação obrigatória para atuar no transporte escolar.

O Tribunal de Contas recomendou que a Secretaria Municipal de Educação regularize os itens de segurança da frota própria e a certificação dos motoristas. Já as empresas terceirizadas devem corrigir falhas em pneus, extintores, cronotacógrafos, documentação e inspeções, além de submeter os veículos a vistorias semestrais.

A vistoria também encontrou problemas nos extintores de incêndio — Foto: TCE-MT
A vistoria também encontrou problemas nos extintores de incêndio — Foto: TCE-MT

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