O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal autorização para receber diversas visitas nos próximos dias, entre elas a do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) — que contou com apoio direto do ex-presidente nas eleições de 2024, quando foi eleito para comandar a capital mato-grossense.
O pedido ocorre às vésperas da conclusão da ação penal sobre a trama golpista, etapa que pode levar ao início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses em regime fechado. As informações são da CNN.
Segundo a defesa de Bolsonaro, as solicitações têm o objetivo de permitir encontros presenciais para tratar de assuntos considerados urgentes e estratégicos. As visitas dependem de aval do ministro Alexandre de Moraes. A presença de Abilio Brunini na lista reforça a relação política entre os dois e a sintonia construída nas eleições municipais de 2024.
A lista completa enviada pela defesa ao STF inclui:
Sóstenes Cavalcante (deputado federal, RJ)
Delegado Caveira (deputado federal, PA)
Giovani Cherini (deputado federal, RS)
Bia Kicis (deputada federal, DF)
Julia Zanatta (deputada federal, SC)
Carlos Portinho (senador, RJ)
Abilio Brunini (prefeito de Cuiabá)
Bruno Bonetti (secretário do PL no Rio de Janeiro)
Marcus Ipiapina (assessor, pedido para visita recorrente)
Augusto Nunes (jornalista)
Tiago Pavinatto (jornalista)
Flávio Augusto Viana (almirante, ex-secretário de Assuntos Estratégicos)
Onyx Lorenzoni (ex-ministro)
Sebastião Coelho (desembargador aposentado)
Bolsonaro já possui algumas visitas autorizadas até dezembro, mas o cenário pode mudar caso o STF finalize o processo e determine a prisão definitiva na próxima semana. Essa possibilidade pode interferir nas discussões internas do grupo político sobre articulações para 2026.
A defesa ainda pode apresentar um novo recurso até segunda-feira (24), embora ministros avaliem que Moraes tende a rejeitar a contestação por considerá-la protelatória.
