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Caso Renato Nery: policiais militares são indiciados por 4 crimes envolvendo assassinato de advogado em Cuiabá

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O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) denunciou os policiais militares Ícaro Nathan Santos Ferreira e Jackson Pereira Barbosa por quatro crimes envolvendo o assassinato do advogado Renato Nery, de 72 anos, morto em 5 de julho de 2024, em Cuiabá. Os policiais foram presos em abril em uma das fase da Operação Office Crime, que investiga o assassinato do advogado. A denúncia foi ajuizada no último sábado (26) e divulgada nessa segunda-feira (30).

A reportagem tenta localizar a defesa de Ícaro e entrou em contato com a defesa de Jackson, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Os dois PMs foram denunciados por homicídio qualificado, fraude processual, abuso de autoridade e organização criminosa.

De acordo com a denúncia, Ícaro e Jackson atuaram como intermediários no crime, que foi motivado por promessa de recompensa no valor de R$ 200 mil. Jackson teria coordenado o crime e realizado pagamentos parciais, enquanto Ícaro forneceu a arma usada e facilitou a transferência do pagamento.

No dia 23 de junho, os dois militares foram indiciados pela Polícia Civil.

Quem são e como agiram os investigados

 

Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos — Foto: Divulgação
Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos — Foto: Divulgação

Além dos PMs denunciados, outras oito pessoas são investigadas por envolvimento direto no assassinato de Renato Nery. Veja abaixo quem são:

  • Caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva – atirador;
  • Sargento da PM Heron Teixeira Pena Vieira – intermediador recebeu dinheiro, arma e contratou o Alex pra fazer executar;
  • Empresário Cesar Jorge Sechi – mandou matar Nery por causa da disputa de terra;
  • Empresária Julinere Goulart Bastos – mandou matar Nery por causa da disputa de terra. Ela é esposa de Cesar;
  • PM Wailson Alessandro Medeiros Ramos – investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
  • PM Wekcerlley Benevides de Oliveira – investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
  • PM Leandro Cardoso – investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
  • PM Jorge Rodrigo Martins – investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime.

 

Negociações e motivo do assassinato

 

Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá

Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá

As investigações apontaram que a morte de Nery foi motivada por disputa de terra. Segundo a polícia, o advogado não temia morrer, mas sim perder suas terras, que tentava transferir para o nome das filhas.

O policial militar Heron confessou ter sido contratado para matar o advogado e que contratou Alex para executar Renato. Ele afirmou à polícia que recebeu R$ 200 mil para matar e, desse valor, pagou R$ 50 mil ao caseiro para a execução.

Nery foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento (veja acima).

Investigações

Em julho, após matar o advogado em frente a um escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, o caseiro fugiu de moto para uma chácara no bairro Capão Grande, em Várzea Grande.

O trajeto foi flagrado por diversas câmeras de segurança e no dia 8 de julho, a polícia conseguiu acesso à última imagem, que mostrava a moto a menos de 2 km da chácara. Com isso, dois dias depois, as equipes procuram a moto na região.

Segundo o delegado Bruno Abreu, a presença da polícia perto da chácara assustou os suspeitos, que tentaram simular um confronto para justificar o abandono da arma do crime e culpar outras pessoas.

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