O motociclista Cleiton Carvalho Braida, 38, acusa o suplente de deputado Hugo Garcia (Republicanos), de provocar uma batida de forma proposital na avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. A vítima vai precisar passar por cirurgia na coluna e pede indenização de R$ 40 mil ao parlamentar. O político nega qualquer conduta para prejudicar o homem e cita extorsão.O boletim de ocorrência narra que, no dia 13 de maio, Cleiton seguia para o trabalho de moto, quando uma Land Rover, conduzida por Garcia, o “fechou” em uma das pistas da avenida.
Segundo o relato do piloto, ele repreendeu o motorista com duas buzinadas e este começou a segui-lo. A certa altura do trajeto, o motorista teria investido contra a moto. A vítima se desequilibrou e caiu embaixo de uma caminhonete estacionada.Ainda no boletim, a mulher do motociclista narra que outro piloto acompanhou e gravou toda ação, além de ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O suplente de deputado chegou a acompanhar o atendimento e pegou os dois capacetes da vítima, afirmando que iria ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Ele também pediu o telefone do trabalhador para as providências necessárias. No entanto, o motociclista alega que não houve contato ou qualquer tipo de assistência por parte do motorista.
A vítima deu entrada na unidade de saúde municipal, mas a esposa o levou a um hospital particular. O motociclista pede uma indenização de R$ 40 mil para conserto da moto e pelo tempo que ficará sem trabalhar para a completa recuperação.
O boletim de ocorrências registrado pelo empresário relata que o motociclista realizou manobras em zigue-zague na frente do veículo e se desequilibrou sozinho, causando a queda.
Em vídeo, o advogado Rodrigo Cyrineu do parlamentar explicou que em momento algum seu cliente se descomprometeu de suas responsabilidades. Prestou auxílio de imediato e só saiu de lá quando ele foi levado pela ambulância.
“O grande problema é que o senhor Cleiton fez uma proposta astronômica, que não corresponde com a realidade, e o deputado está em conversações com ele. Quem sai de casa está sujeito a um acidente, como quem pilota uma moto. Então, esse estardalhaço que se colocou não é o que acontece. Hugo está à disposição para ajudar, não pode, entretanto, ser feito da forma que o senhor Cleiton vem colocando essa situação. Nós estamos conversando para solucionar isso da melhor forma possível. Não há negligência, não há abandono e não há culpa. Então, isso precisa ser esclarecido em nome da verdade e da justiça”.