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Conheça bairro em MT que tem todas as ruas ‘batizadas’ com nomes de papas | Mato Grosso

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São quase 30 quarteirões, cortados por 15 ruas e avenidas, todas com nomes de papas. O Bairro Vila Cardoso, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, teve as ruas “batizadas” em homenagem aos pontífices depois que uma lei sancionada em 1982 alterou a identificação das ruas de números para nomes (veja mais abaixo).

A cidade começa com a Rua Pedro, o primeiro papa, que liderou a Igreja Católica até o ano 67. O homenageado mais recente é Paulo VI, que iniciou seu pontificado em 1963 e seguiu até 1978, ano que é conhecido pelos católicos como o “Ano dos Três Papas”. Naquele ano, após a morte de Paulo VI, João Paulo I assumiu o cargo, mas morreu um mês depois. Em seguida, João Paulo II foi eleito e se tornou um dos papas com mais tempo à frente da Santa Sé.

O comerciante nascido no bairro, Daniel Ferreira, cresceu ouvindo histórias sobre a origem dos nomes das ruas da Vila Cardoso. Ele contou que o nome do bairro homenageia um dos pioneiros da região, que, por coincidência, tinha o mesmo nome de um papa.

“O nome do dono da Vila Cardoso era Urbarno Cardoso, e quando o nome da nossa rua principal ficou papa Urbano, eu achei que colocaram o ‘papa’ no nome só por colocar. Mas depois pesquisei por curiosidade e vi que existiu Papa chamado Urbano, então pode ser como uma homenagem para os dois”, ressaltou.

 

⛪Polêmica

 

Após a nomeação das ruas, houve confusões entre os moradores. Isso porque, entre os 15 papas que dão nome às ruas e avenidas do bairro, um deles é considerado controverso: o Papa Félix II, que não consta na lista oficial do Vaticano.

O Papa Félix II é considerado um antipapa por controvérsias em sua eleição e papado. Ele foi colocado no trono papal enquanto o Papa Libério estava exilado, após ser banido pelo imperador Constâncio II, por se recusar a assinar a sentença de condenação contra um importante teólogo da época.

Apesar das controvérsias, o bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, Dom Maurício, que está no Vaticano para acompanhar o conclave, afirmou que a expectativa é que o bairro receba mais ruas com nomes de pontífices.

“Esperamos também que Rondonópolis tenha uma rua ou avenida com o nome do Papa Francisco”, ressaltou, sugerindo uma homenagem ao religioso que morreu no mês passado.

 

Lei 824 alterou a numeração pelos nomes dos pontífices no Bairro Vila Cardoso — Foto: Reprodução
Lei 824 alterou a numeração pelos nomes dos pontífices no Bairro Vila Cardoso — Foto: Reprodução

O conclave que vai eleger o sucessor do papa Francisco começa nesta quarta-feira (7). Os 133 cardeais de 70 países se isolam na Capela Sistina para decidir o nome do novo papa.

  • 🤓Durante os dias do Conclave, os cardeais eleitores ficam fechados dentro do Vaticano e também fazem um juramento de segredo absoluto sobre o processo. As votações acontecem na Capela Sistina.

Bairro de Rondonópolis tem ruas batizadas com nome de 15 Papas

O que significa ‘conclave’?

Veja como funcionará o conclave que elegerá o próximo Papa

A palavra “conclave” vem do latim cum clavis e significa “fechado à chave”. Durante a tomada de decisão para escolher o novo papa, os cardeais ficam isolados do mundo exterior.

O início do Conclave depende da presença dos cardeais eleitores no Vaticano. A exceção são para os religiosos que estejam impedidos de comparecer por motivos graves, como problemas de saúde.

Quem são os brasileiros no conclave?

Atualmente, sete brasileiros estão aptos a participar da votação. Veja a seguir quem são eles:

  • Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos.
  • Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos.
  • Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos.
  • Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos.
  • Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos.
  • João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos.
  • Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos
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