O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, voltou ao centro de uma disputa judicial após ser cobrado pela Tele Vídeo Produções Ltda-ME por uma dívida que, atualizada, chega a R$ 1.915.459. O valor se refere a serviços prestados durante a campanha eleitoral de 2020, quando o então candidato concorreu e foi reeleito para comandar a prefeitura da capital mato-grossense.
A cobrança foi proposta em outubro deste ano e envolve, além de Emanuel, o diretório do MDB em Cuiabá e o Partido Verde. Na ação, a produtora afirma ter firmado dois contratos para a criação e exibição de programas e inserções eleitorais em rádio e televisão, tanto no primeiro quanto no segundo turno da disputa municipal.
Segundo a empresa, o acordo previa pagamento de R$ 1 milhão até novembro de 2020 pelos serviços do primeiro turno e outros R$ 200 mil pelo segundo turno, totalizando R$ 1,2 milhão. Entretanto, apenas R$ 250 mil teriam sido quitados pela campanha, deixando um saldo devedor de R$ 950 mil que permanece sem pagamento desde 24 de novembro de 2020.
Com juros e correção monetária, o valor cobrado hoje ultrapassa R$ 1,9 milhão. Sem analisar o mérito, o juiz Jamilson Haddad Campos, da 5ª Vara Cível de Cuiabá, decidiu na semana passada que o processo seja encaminhado ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania para tentativa de conciliação entre as partes.
Nas eleições de 2020, Emanuel Pinheiro foi reeleito com 135.871 votos válidos, o equivalente a 51,15 por cento do total. Abilio, então candidato pelo Podemos, recebeu 129.777 votos válidos, que representaram 48,85 por cento da votação.



