Área está entre as mais afetadas pelo garimpo ilegal no Brasil.
Um garimpeiro, que não teve a identidade divulgada, morreu após ser baleado durante um confronto em um garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, nesta sexta-feira (1º). Uma equipe do Corpo de Bombeiros socorreu a vítima, que morreu após chegar ao hospital (assista abaixo).
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a equipe, junto com a Polícia Civil, realizava uma abordagem a carros utilizados no garimpo ilegal, em uma estrada dentro da Terra Indígena, quando os agentes foram atacados pelos garimpeiros.
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Durante a ação, uma caminhonete avançou em direção à equipe e aos policiais, que reagiram. Nesse momento, um dos ocupantes do veículo foi atingido por um dos disparos.
O Ibama acionou o Corpo de Bombeiros que foi até o local para prestar socorro à vítima. De acordo com os bombeiros, o garimpeiro teve uma parada cardiorrespiratória e foi transportado em helicóptero do Ibama até um local próximo ao hospital do município.

Durante o transporte até o hospital, foram realizadas manobras contínuas de reanimação, porém sem sucesso. Pouco depois da chegada na unidade hospitalar, o garimpeiro teve a morte confirmada pela equipe médica.
Ainda segundo os bombeiros, a vítima não portava documentos de identificação.
TI com maiores ocorrências de garimpo no Brasil
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Nos últimos anos, a Terra Indígena Sararé tem sido alvo de uma intensificação das atividades garimpeiras, que ameaçam não apenas a integridade do meio ambiente, mas também a saúde e os modos de vida das comunidades indígenas locais.
Com uma área de 67 mil hectares e habitada por grupos indígenas da etnia Nambiquara, a TI Sararé está entre as mais afetadas pelo garimpo ilegal no Brasil, segundo o Ibama. Estima-se que aproximadamente 2 mil hectares tenham sido devastados pela exploração ilegal de ouro, impulsionada por organizações criminosas armadas que atuam na região.
Desde 2023, o Ibama vem intensificando as ações de repressão à atividade ilegal. Mais de 300 escavadeiras utilizadas no garimpo foram apreendidas e destruídas, além de motores e outros equipamentos.
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