Flávio Rivera pilotava uma aeronave de pequeno porte, quando perdeu contato com o radar e desapareceu. Destroços foram encontrados em uma área de difícil acesso.
O piloto Flávio Rivera, de 54 anos, que morreu nessa quarta-feira (2) na queda de um avião, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, sempre teve a aviação como um sonho, segundo a família. O piloto morava em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, e deixa três filhos e um neto.
Em entrevista amãe do piloto, a cantora e compositora Vera Capile, contou que temia os riscos de acidentes aéreos, mas afirmou que Flávio trabalhava com aviação há cerca de 20 anos e tinha uma grande paixão pela profissão.
Na quarta-feira (2), Flávio pilotava um Piper Cherokee Six, uma aeronave de pequeno porte que desapareceu após decolar de Primavera do Leste às 7h15, com previsão de pouso às 8h30 em um aeroporto privado na Gleba Rio Vermelho. No entanto, o avião perdeu contato com o radar poucos minutos antes do pouso e os destroços foram encontrados em uma área de difícil acesso, conhecida como Morro do Gavião, horas após a queda.
Não há informações sobre a causa do acidente. O radar registrou que Flávio fez várias voltas entre o ponto de partida e o de chegada, antes de perder contato (veja abaixo).
A aeronave pertence ao empresário do agronegócio João Trojan. Ele disse que Flávio era experiente, trabalhava com ele há quatro anos e acostumado a fazer o trajeto
“É um trajeto que a gente faz em média a cada 10 ou 15 dias, e já faz quatro 4 anos que essa era a rotina dele. O que nos surpreendeu é que ele já era familiarizado com o trajeto. A gente ficou preocupado, pois ele não chegava no aeroporto”, disse.
O acidente
Na tarde dessa quarta-feira (2), a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou uma operação de busca e salvamento ao longo da rota planejada. O avião Piper Cherokee Six desapareceu após decolar de Primavera do Leste às 7h15, com previsão de pouso às 8h30 em um aeroporto privado na Gleba Rio Vermelho. Porém, a aeronave perdeu contato com o radar poucos minutos antes do pouso.
No fim do dia, os destroços foram encontrados em meio à mata fechada. Equipes do Corpo de Bombeiros enfrentaram dificuldades em acessar a área do acidente por causa do terreno e anoitecer.
Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, Roberto Coelho, o acidente aconteceu pela manhã, mas as equipes só chegaram próximo ao local da queda ao fim do dia, por ser uma região de difícil acesso. “Entramos na região por volta de 19h e cerca de 00h achamos. Muito complicado por ser noite e é uma serra, muito íngreme e com paredões”