José Nilton Vital da Silva, de 58 anos, foi preso nessa quarta-feira (23) suspeito de tentar matar a esposa, em Juína.
O marido preso por tentar matar a esposa com uma xícara de suposto café envenenado simulou que tomou a mesma bebida e fingiu estar passando mal para tentar despistar a polícia, segundo o delegado responsável pelo caso, Ronaldo Binoti. Segundo a polícia, o suspeito não aceitava o fim do relacionamento.
José Nilton Vital da Silva, de 58 anos, foi preso nessa quarta-feira (23), em Juína, a 737 km de Cuiabá, mas a vítima foi internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no domingo (20), depois de ter tomado o café oferecido pelo então companheiro.
“Ela chamou por José, que foi quem a envenenou, e ele, se aproximando dela, fingiu que também tinha consumido a substância. Ele falava ‘tô morrendo, tô morrendo’, mas não teve nenhuma reação alérgica, foi tudo criação da cabeça dele para tentar justificar o envenenamento dela”, contou.
A vítima segue em recuperação sob os cuidados da família e está fora de risco, segundo a Polícia Civil.
O delegado disse que está aguardando o resultado final dos exames e perícia, mas que, devido às circusntâncias do crime, o Ministério Público do Estado (MPE) e a Justiça aceitaram o pedido de prisão contra José por entenderem que a vítima foi envenenada com o café.
“Ela só tomou café naquela manhã, não comeu ou bebeu outra coisa, e passou mal imediatamente após ingerir a segunda dose e sentir o gosto estranho. Ainda que o laudo não venha conclusivo vou continuar nessa linha. Então é possível sim afirmar o envenamento”, explicou.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Militar, a equipe foi chamada por uma enfermeira de plantão da UPA de Juína, que informou que uma mulher tinha dado entrada na emergência da unidade com sinais de envenenamento.
À polícia, a enfermeira relatou que a vítima contou ter passado mal após beber um café preparado pelo esposo. Segundo o depoimento, logo após a bebida, ela percebeu um gosto amargo e estranho, e começou a passar mal. Com isso, o filho da vítima a levou até o atendimento médico.