Projeções para 2025 mostram que Mato Grosso avança na construção de um modelo de desenvolvimento que concilia crescimento econômico com responsabilidade ambiental. O Estado, que se destaca nacionalmente na produção de grãos, também vem registrando reduções expressivas nos índices de desmatamento, refletindo os resultados de políticas públicas voltadas à sustentabilidade.
Segundo a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, esse novo cenário é fruto de um planejamento consistente adotado nos últimos seis anos. Entre os principais marcos está a estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), criada com o objetivo de atrair investimentos para impulsionar a eficiência produtiva no campo, conservar áreas de vegetação nativa, recuperar passivos ambientais e ampliar a participação da agricultura familiar. A iniciativa também contribui para a redução das emissões de carbono.
Conforme o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em março de 2025, Mato Grosso segue como líder nacional na produção de grãos, com 30,9% da safra brasileira, à frente do Paraná (13,7%), Goiás (11,7%), Rio Grande do Sul (10,1%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Minas Gerais (5,6%). Juntos, esses estados respondem por 79,6% do total produzido no país.
Em paralelo ao avanço agrícola, os dados ambientais também mostram tendência positiva. De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Mato Grosso reduziu em 27% o desmatamento da Amazônia em 2024 em comparação ao ano anterior, totalizando 629 km². No bioma Cerrado, a queda foi ainda mais significativa: 33%.
Apesar de um aumento pontual nos alertas de desmatamento em abril de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024 — com alta de 55% na Amazônia e 26% no Cerrado, segundo o sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) —, o cenário geral entre agosto de 2024 e abril de 2025 é de queda nas taxas de desmate em todos os principais biomas de Mato Grosso.
Nesse período, o Pantanal teve redução de 75% nas áreas com alertas de desmatamento, enquanto o Cerrado registrou queda de 25%. A Amazônia, que já havia apresentado uma redução de 46% no desmatamento anual em 2024 em comparação a 2022, viu os alertas caírem mais 5%, alcançando o menor patamar dos últimos dez anos.
Esses resultados são fruto da Operação Amazônia, força-tarefa integrada entre órgãos estaduais e federais. A operação combina monitoramento por satélite em tempo real, fiscalizações em campo, embargo imediato de áreas ilegais, apreensão e remoção de equipamentos utilizados em crimes ambientais, além da responsabilização dos infratores. Com esse desempenho, Mato Grosso se consolida como exemplo de que é possível produzir em larga escala sem abrir mão da conservação ambiental.
*Sob supervisão de Gene Lannes