Sandro Rogério da Silva é acusado de assassinar o português Luís Filipe Carecho Nunes e tentar matar o ucraniano Roman Adazhiy, em 2007. Ele foi preso em São Paulo, em 2020.
Sandro Rogério da Silva será julgado pela Justiça Federal de Mato Grosso (JFMT) na próxima quarta-feira (19), acusado de assassinar o português Luís Filipe Carecho Nunes e tentar matar o ucraniano Roman Adazhiy, na cidade de Entroncamento, distrito de Santarém, em Portugal, em janeiro de 2007. Sandro fugiu e passou a morar em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. Em 2020, ele foi preso em São Paulo, depois de permanecer 13 anos foragido no Brasil.
O caso será analisado pelo Tribunal do Júri da 7ª Vara Federal, sob a presidência do juiz Paulo César Alves Sodré.
No dia 30 de janeiro foi realizada a audiência preparatória, onde foram sorteados 25 jurados e 15 suplentes, dentre os quais serão selecionados sete para atuar no julgamento. Sandro estará presente e testemunhas participarão de maneira remota.
Relembre o caso
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Sandro, na época com 42 anos, trabalhava em um prostíbulo de Portugal, onde a esposa dele era dona.
Conforme a denúncia, as vítimas Luís Filipe e Roman se desentenderam com Sandro na madrugada de 28 de janeiro de 2007, por causa de uma dívida de €25 (vinte e cinco euros) na casa de prostituição.
Sandro teria perseguido o veículo dos dois clientes e disparado contra eles. Um dos tiros atingiu Luís Filipe na cabeça. Já Roman conseguiu fugir.
Luís foi socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu no dia 2 de fevereiro do mesmo ano.
Após o crime, segundo o MPF, Sandro teria fugido para a Espanha, e depois para o Brasil, na companhia da mulher e da filha. Ele passou a morar em Tangará da Serra.
A prisão preventiva de Sandro foi pedida pelo MPF e decretada em 27 de novembro de 2019, pelo juiz federal Francisco Antônio de Moura Junior, destacando o fato do acusado ter fugido do país.
Como a Constituição Federal não autoriza a extradição de brasileiros natos, Portugal transferiu o processo para o Brasil. O processo foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e depois para Mato Grosso, onde Sandro mora.
Em 19 de junho de 2020, a Justiça Federal de Mato Grosso determinou a comunicação da prisão à viúva e familiares da vítima.