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Produção Recorde Consolida Mato Grosso como Potência Nacional do Agronegócio

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Mato Grosso atingiu um marco histórico na safra 2024/2025 ao ultrapassar, pela primeira vez, a marca de 101,5 milhões de toneladas de grãos produzidos, consolidando sua posição como principal polo agrícola do país. O volume supera a safra anterior, quando o estado colheu pouco mais de 100 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no 7º Levantamento da Safra de Grãos, apresentado nesta quinta-feira (10).

Com esse desempenho, o estado passa a responder por cerca de um terço da produção agrícola nacional, que deve alcançar 330,3 milhões de toneladas – o maior volume já registrado no Brasil.

A soja segue como carro-chefe da produção mato-grossense. Com 99,5% da área semeada já colhida, a oleaginosa alcançou produtividade média recorde de 3.897 kg/ha, crescimento de 22,6% em relação ao ciclo anterior (3.179 kg/ha). Com isso, a produção de soja está estimada em 49,6 milhões de toneladas, alta de 26,1% em relação à última safra, impulsionada também por uma expansão de 2,9% na área cultivada, que passou de 12,3 para 12,7 milhões de hectares.

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o desempenho é resultado dos constantes investimentos em tecnologia por parte dos produtores e da capacidade do setor em conciliar alta produtividade com responsabilidade ambiental:

“A produção total cresceu de 93,1 para 101,5 milhões de toneladas, impulsionada por um aumento de 6,7% na produtividade média e pela incorporação de 470 mil hectares à área cultivada, que agora soma 22,1 milhões de hectares. Além disso, o estado possui cerca de 10 milhões de hectares de pastagens degradadas com potencial para conversão agrícola, o que amplia ainda mais as perspectivas futuras. E tudo isso mantendo aproximadamente 60% do território estadual preservado”, destacou.

Miranda também ressaltou os investimentos do Governo de Mato Grosso na infraestrutura logística, que tem sido um dos pilares para o escoamento eficiente da produção. Entre as principais ações estão a duplicação da BR-163, viabilizada pelo Estado por meio da Nova Rota Oeste; as melhorias na MT-170, que substituiu o antigo traçado da BR-170; e a construção da primeira ferrovia estadual do Brasil, voltada ao transporte da produção agropecuária.

Outras culturas também apresentam forte desempenho

De acordo com dados do Centro de Dados Econômicos (Data Hub) da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, outras culturas também registraram bons resultados:

  • Algodão (caroço + pluma): produção estimada em 6,5 milhões de toneladas, alta de 1,7% em relação ao ciclo anterior, mantendo o estado como líder com 69,3% da produção nacional.

  • Arroz sequeiro: estimativa de 408,4 mil toneladas, crescimento de 21%, garantindo a liderança na modalidade com 40,7% de participação nacional, mesmo estando na quarta posição geral entre os estados produtores.

  • Feijão: produção estimada em 329,9 mil toneladas, com expectativa de alcançar a terceira colocação nacional, ultrapassando a Bahia.

  • Gergelim: liderança nacional mantida com 219,3 mil toneladas e 65,9% de participação, apesar da previsão de queda de 10,9% frente à safra anterior.

A única retração significativa foi observada no milho, cuja produção deve atingir 46,8 milhões de toneladas, redução de 4% em comparação ao ciclo anterior. O recuo é atribuído ao atraso no plantio da soja, que impactou negativamente a janela ideal para o cultivo do milho. Ainda assim, o estado deve continuar como o maior produtor nacional, com 37,5% de participação.

Segundo o coordenador do Data Hub, Vinicius Hideki, os números reforçam a posição estratégica de Mato Grosso como principal produtor de grãos do Brasil, destacando a combinação de volume, produtividade e logística como fatores decisivos para a competitividade estadual nos mercados nacional e internacional.



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